sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Arrependa-se depois

Parei por um instante, com a cabeça pesada girando de uma lado pra outro...
Como eu posso saber o que é se nada da sinais de algo errado, não percebi nada fora do lugar, me perdi do equilíbrio.
E quando eu parei pra examinar, veio de primeira a lembrança, uma criança, linda...
Ela me disse, que não dava pra continuar, que teria que resolver, que já não tinha mais tempo, disse: "me joguei contra a parede diversas vezes seguidas, tomei medicação, tomei chás nem sei quantos foram, tudo pra tirar esse filho que eu não quero."
E foi ai que eu me perdi, foi quando eu mantive minha cabeça erguida com medo de olhar pra baixo e perceber a realidade do assunto, 15 anos.
E eu nem consegui digerir o que ela me dizia, não é do namorado, sua família não aceitaria, ela não poderia, mas o pai  da criança queria esse filho.
E eu me coloquei no lugar dela, 15, eu.
como tao nova, claro todos estão cansados de saber como fazem os  bebês e como não fazê-los.
Como eu queria gritar pra que o mundo todo ouvisse, não o desespero que uma futura mãe adolescente me causa, mas pela ideia insana do não desejar, o que eu ate intendo, mas as diversas tentativas de dizimar um ser perturbaram minha cabeça.
Quando eu achei que já bastava saber, ela me pede ajuda, já com forma pelos meses de gestação, o embrulho no estomago que me deu, a vontade de destruir logo ela por completo, uma mistura de nojo e pena.Nem sei, já são 4 meses, e ela ainda pretende cometer esse duplo assassinato.







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